terça-feira, 1 de junho de 2010

Despedida

Esse foi o texto que escrevi para me despedir dos meus queridos amigos da CEU EMEI VILA CURUÇÁ. Na verdade, eu pretendia colocá-lo no mural de recados para que todos pudessem ler. Mas, com a correria da mudança de escola, mudei de ideia, copiei no Meu pen drive e achei que tinha apagado do computador da escola. Qual não foi a minha surpresa quando descobri que eu NÃO o tinha apagado e que a Isa, nossa CP, o encontrou, imprimiu e leu pra todo mundo na reunião pedagógica de sábado passado!
Mais lindo, impossível!
Então, aqui segue o texto na íntegra. Cada palavra veio do mais profundo do meu coração num dos meus últimos dias lá, num daqueles dias em que eu tive que segurar as lágrimas só de PENSAR na saudade que sentiria.


O momento da despedida é sempre difícil. Nos acostumamos a todos os dias nos depararmos com os mesmos rostos, os mesmos cheiros, os mesmos modos já tão familiares que, quando surge a mera perspectiva da partida, já bate aquele buraco no estômago, aquele sentimento de que 'está faltando alguma coisa'. E com vocês foi e está sendo assim.
Todos os dias eu já esperava pelo momento em que veria aquele sorriso, receberia aquele abraço, sentiria aquele cheirinho gostoso... Também, lidaria com aquela correria maluca que só o CEU oferece, veria aquela cara mais fechada, receberia aquele olhar fuzilante ou mesmo aquele rosto sem sorriso, afinal, não dá pra ser alegre o tempo inteiro, não é? Mas isso não importa, aprendi a aceitar e amar cada um nesse lugar, com todos os seus defeitos e suas milhões de qualidades, que juntos, formam pessoas incríveis, às quais sou imensamente grata por tudo. Sim, POR TUDO. Porque a cada dia mais um passo era dado, o crescimento não era apenas para a profissional que eu quero ser, mas, acima de tudo, para o meu crescimento como ser humano. Obrigado por cada 'chamada', por cada bronca, por cada conselho, pelo apoio sempre presente, por partilharem comigo todas as alegrias e tristezas, conquistas e derrotas. Amo cada um de vocês.
Sem mais delongas, despeço-me com um verso que traduz exatamento o que sinto nesse momento:

"Só enquanto eu respirar vou me lembrar de vocês, só enquanto eu respirar"
(O Teatro Mágico)
Jacqueline Andrade
São Paulo, 14 de maio de 2010.

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