sábado, 22 de novembro de 2008

Meu Eu-Interior agora

Não sei de verdade
O que se passa no meu mundo
Nesse meu mundinho fechado
Que só eu posso entrar
Tão farto de trevas
Tão escasso de luz

Todos os luminares se apagaram
E os fantasmas tomam o lugar
Devastam todo o meu vale
Arrancam todas as flores
Rompem todos os portões
Que cercavam e protegiam meu eu

Já não há mais forças
A resistência não resiste mais
Foi tomada e conquistada
Já está à ponto de sucumbir
E se entregar ao invasor
Que tomou tudo o que ainda
Era capaz de manter-me de pé

Foi-se a luz
Foi-se o sol
Foram-se as forças
As flores e as muralhas

Resta a escuridão
Definhar e esperar
Que o fim, lento e cruel
Chegue e devore o que sobrar de mim.