terça-feira, 29 de setembro de 2009

Prefácio (ou Considerações Finais)


Bem, agora acabou. Ou começou, não sei. Chega aquele momento na história em que algumas coisas se resolvem, tomam seu rumo.


É agora que nós vamos saber se isso vai se tornar alguma coisa, se vai tomar alguma forma concreta ou vai se dissolver a partir dessa coisa abstrata e disforme que chamamos de... do que é que a gente chama isso mesmo? Ah é, isso nem um nome tem.


Mas é essa coisa disforme, abstrata e sem nome que acaba com o pouco juízo que me resta. É essa coisa que me tira o sono todas as noites, que faz com que eu gaste 80% do meu tempo acordada pensando em você, que faz com que eu crie as mais diversas situações só pra citar seu nome, que faz com que 99% das músicas que eu ouço naquela rádio me lembrem você. São cheiros, cores, formas, sons, músicas, comidas, lugares... milhares de coisas que, a todo momento, me lembram do que eu não quero esquecer.


A bagunça que eu QUERO ter na minha vida.


Eu sabia, meu coração já sentia. Desde a primeira vez que te vi, eu já podia sentir o desequilíbrio chegando. E como chegou! Mas eu não ligo. É o que eu quero.


Eu já não sei o que pensar. Na verdade, tenho tentado não pensar, tentado, a todo custo, colocar na minha cabeça que isso não é uma perda. Afinal, a gente só pode perder aquilo que já teve. E você nunca foi meu. É difícil admitir, mas é isso aí: eu nunca te tive, nunca o tive por completo. Era sempre um roubo, na verdade, um empréstimo não-autorizado, com devolução forçada, porém, garantida.


Teoricamente, esse seria o momento em que você finalmente poderia ser meu. O momento em que finalmente, depois de uma espera infinita, você estaria um pouco mais perto de mim.
Às vezes, acho que estou fazendo disso tudo uma tempestade em copo d’água. Não importa o rumo que essa história vai tomar, me obrigo a aceitar o que vier.


Eu só te fiz um pedido: se for embora, faça disso um processo – lento, de preferência. Não vá assim, de uma vez. Conhecendo-te como conheço, lembrando um pouco do muito que você me ensinou, eu não te peço o eterno, não peço o pra sempre porque isso não existe, não funciona com você (e ando desconfiando que comigo também não).


Te peço apenas um dia, uma hora, um minuto, que seja! Mas que nesse tempo, você seja, ou melhor, esteja comigo de verdade, por inteiro, pela mais absoluta vontade.


Só me resta esperar e ver o que o minuto seguinte me reserva. Te encontrar na próxima esquina ou me perder nessa louca vontade de te encontrar e assim ficar até que eu volte aquele monótono equilíbrio anterior a você.

Um comentário:

  1. Mas eu AINDA ACHO... ahushaushu... enfim, ao menos esses momentos fazem a gente escrever bem!

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